Insights conservadores

23:03

Insight #1

Todos os substantivos têm um signo temporal a eles designados em algum ponto contingente, e um significado atemporal, de natureza metalinguística.

"Capitalismo" é um exemplo. É uma babaquice chamar o conceito de "livre-mercado" de "capitalismo", mas todos fazemos isso, inclusive eu, apenas para nos ajustarmos a um símbolo historicamente consolidado e facilitarmos a troca de informações.

No entanto, "capitalismo" é um termo que aponta para doutrinas, ações e pensamentos que centrifugam em torno do "capital" e são por ele vetorizados. Logicamente, portanto, "capitalismo" é um termo equivocado para designar o conceito por trás do símbolo.

O que se chama por "capitalismo" deveria se chamar "liberdade econômica", todavia, para sugerir que as pessoas que gostam de lucrar com seu trabalho (ou seja, cada ser humano honesto do mundo) são escravagistas malvados que só pensam em dinheiro e em subjugar empregados, os esquerdistas preferem falar em "capitalismo", ou seja, preferem insinuar que em um sistema econômico livre tudo existe "em função do capital".

Sim, os esquerdistas amam usar a semântica como arma de subversão. E odeiam o "God damn money". Então por que será que eles querem o meu e o seu?

Insight #2

Poucas vezes em minha vida me deparei com uma obscenidade mais torpe do que a seguinte:

"Tudo o que temiam como consequência do comunismo - desemprego, baixa renda e o caramba a quatro - foi encontrado no capitalismo".

Deveria existir punição para quem vomitasse irracionalidades desta magnitude.

O capitalismo ou livre-mercado não existe para solucionar os males intrínsecos à condição humana, que têm origem no pecado e no desalinhamento do homem em relação a vontade de Deus. E nenhum sistema econômico deveria ser pensado tendo este fim em vista. Aliás, esta é mais uma premissa burra das doutrinas vermelhas: a ideia de que a perfeição da vida humana pode ser alcançada nesta vida, neste planeta, por meio de - pasme! - um sistema econômico.

Ademais, o livre-mercado só não ajuda mais as pessoas quando é contaminado com respingos do comunismo, no engrandecimento do Estado e na coletivização do indivíduo. Fato estatístico: quanto mais livre uma nação, melhor o seu desempenho econômico, melhor a qualidade de vida dos indivíduos e menor a pobreza. Fatalmente, o inverso é verdadeiro.

Insight #3

Seguindo o raciocínio do Insight #2, o esquerdista precisa adotar o pressuposto de que não existe uma "vida divina" pós-morte ou uma existência humana aperfeiçoada a ser administrada por Deus em tempo oportuno. Para o esquerdista, a vida perfeita tem de acontecer aqui mesmo, e ela não inclui as aspirações mais nobres da alma humana, ao invés disso, preconiza um cenário econômico onde o cara que trabalhou mais e tem mais dinheiro precisa dar uma parte do fruto do seu trabalho ao cara que tem menos...só porque ele tem menos.

O padre Paulo Ricardo sintetizou esta conclusão com uma acuracidade e um lirismo singulares. Ele fala em "imanentização das nossas esperanças escatológicas", ou seja, o fato de tornarem a esperança última do homem (o retorno de Cristo, a aniquilação definitiva do mal, a criação de novos céus e terra...) em um eixo horizontal reduzido ao bem estar econômico, e isso concretizado pelo Estado.

É evidente que as doutrinas vermelhas substituem o Deus verdadeiro pelo "deus-Estado" (vide a divinização dos chefes de Estado esquerdistas, como Hitler e Mao Tse Tung), como substituem a afirmação do contentamento humano em Cristo pelo contentamento humano no nivelamento econômico.

E nós, conservadores, que amamos o dinheiro...

Insight #4

Falando em nivelamento, na pueril e doentia mente esquerdista, não pode haver espaço para desníveis econômicos.

Isso significa que o caboclo que fez escolhas profissionais melhores do que as minhas, trabalhou mais do que eu, foi mais inteligente do que eu e recebeu mais da "graça monetária" de Deus do que eu (graça que, aliás, Deus, como dono do ouro e da prata, distribui como quer), tem de dar, por FORÇA DE COERÇÃO, uma parte do dinheiro dele para mim, que fiz piores escolhas, fui mais burro, estudei menos, trabalhei menos e recebi menos "ouro" de Deus.

Justo, não é?

Mas a esquerda não defende apenas o nivelamento econômico. Ela ama o nivelamento moral. Para os esquerdistas, há razão suficiente para crer que o ladrão  tem tantos direitos quanto o trabalhador; que o homem mau não é mau, mas apenas uma vítima da sociedade má (que, curiosamente, nasceu boa); que o Lula é a alma mais pura desde o primeiro advento de Jesus Cristo; que as mães que abortam seus nenês são vítimas; and so on...

Há também o nivelamento estético, metafísico, etc., próprios do arcabouço de estupidez do esquerdismo.

Insight #5

Quer ver algo burro e engraçado? Tente isso: ao invés de você mesmo pagar por um bem ou serviço, você dar o seu dinheiro para uma outra pessoa pagar para você (com o seu próprio dinheiro) o bem ou serviço em que está interessado. E é claro que esta pessoa não fará isso de graça. Ela precisa abocanhar uma parte, não é?

Que tal? Parece uma boa ideia?

Os esquerdistas dizem que sim. E isso, literalmente, resume o mecanismo de engrandecimento estatal típico do comunismo/socialismo. As pessoas são treinadas desde a mais tenra idade (razão pela qual a educação, pública, precisa ser ideologizada) para funcionar em contraposição ao testemunho de seu próprio intelecto e alargar o Estado, a fim de que ele faça tudo por você. Então, temos gerações de babacas e marginais (isto é, "estudantes") clamando por transporte público de qualidade, educação pública de qualidade, saúde pública de qualidade, ao mesmo tempo em que dizem odiar políticos.

É óbvio que o Estado, para funcionar em constante invasão da vida individual e se infiltrar em todas as camadas da sociedade, precisa criar toda uma estrutura para isso. A essa estrutura custa dinheiro. Muito dinheiro.

E para piorar, como o Estado torna-se dono de tudo, não há competição. E quando não há competição, não há motivo para o exercício de uma cultura de qualidade, e nem poderia haver. A qualidade dos bens e serviços só aparece no livre-mercado, onde um precisa se sobressair em relação ao outro a fim de ganhar clientes, aumentar os lucros, crescer (e no crescimento se contrata mais gente, o desemprego diminue, o sistema econômico é aquecido, etc., etc.).

Não seria mais correto e fácil nós pagarmos DIRETAMENTE às empresas pelos serviços e bens que queremos consumir?

Sim, seria.

Mas os esquerdistas não querem isso. Eles querem abolir o "capitalismo malvado", nem que todos desçam à pobreza e à clamidade enquanto isso acontece.

Insight #6

Falando em destruição das liberdades individuais, o esquerdismo ADORA utilizar a ferramenta marxista da "luta de classes"  para esmagar o indivíduo e transformar a nação em um campo de concentração ideológico.

Por eles gostam tanto de falar em "minorias". É minoria disso e minoria daquilo. Negros são minorias (ahan...no Brasil, negros são minorias...sei...), mulheres são minorias, homossexuais são minorias. Este epíteto bastante manjado serve ao propósito de velar sua razão de ser: provocar o conflito na sociedade e, pela fraqueza e vulnerabilidade do povo como resultado do conflito, conquistar a nação em total e explícito aparelhamento.

Eles utilizam canais financiados pelo governo para fomentar esta luta. Deste modo, tudo o que se faz ou diz, de alguma maneira, deve ofender a certo grupo [minoritário], o que, em última instância, cala a todos os que pensam diferente e retira-lhes o direito da liberdade de expressão.

A não ser que você reproduza o discurso "oficial" e politicamente correto, você é uma ameaça e deve ser neutralizado. Em alguns países esta neutralização ocorre no campo cultural, com boicotes acadêmicos, por exemplo. Em outros, esta neutralização ocorre no paredão, com você ajoelhado, de olhos vendados, na frente de um oficial armado com um fuzil. Mas no fundo é a mesma coisa.

Contudo, a maioria, que é composta de idiotas úteis, não percebe que em um sistema onde se fala em "minorias", o INDIVÍDUO se torna a maior minoria de todas, pois, a não ser que você pertença a um grupo chancelado pelo Estado como "minoria", você está lascado, brother.

Outrossim, a própria ideia de uma "minoria" pressupõe uma antropologia espúria, que estabelece uma distinção de qualidade essencial entre os seres humanos. Os mesmos que advogam a existência de minorias acreditam que existem grupos de pessoas diferentes - piores ou melhores - de outros. Eles é que estão dizendo que negros são diferentes de brancos, e que homossexuais são diferentes de heterossexuais.

Em qualquer dicionário do mundo, isto se chama RACISMO.

Não são os conservadores que são racistas, mas os amiguinhos à esquerda.

E não existem minorias! Escreva isso. Todos os homens descendem de um só e foram criados iguais.

Insight #7

Já que falei em "discurso oficial", devo trazer à tona a questão da tolerância.

Meu Deus, quanta babaquice!

Falar alguma coisa contra uma pessoa, grupo ou ideia, agora é "intolerância", e é crime.

Você já percebeu que tudo está se tornando "intolerância"? E já percebeu que se tudo é intolerância, então intolerância não existe?

Veja só: o próprio conceito de "intolerância" supõe de antemão um embate de ideias, afinal, se todos pensassem da mesma forma, não haveria necessidade de tolerar a ideia do outro.

Olavo de Carvalho falou sobre isso:

"Respeitar as opiniões alheias.' É sempre o maldito pensamento metonímico. Respeitar é valorizar. Se valorizo uma opinião, faço-a também minha ao menos parcialmente, e neste caso não estou respeitando uma opinião alheia, e sim a minha própria. O que se pode respeitar é o DIREITO de ter uma opinião que, em si, não merece respeito nenhum. Mas, no Brasil, 'respeitar a opinião alheia' tem uma nuance especial: significa abster-se de tentar mudá-la. E, se não tento mudar uma opinião da qual discordo, é que não me importo de que o sujeito a tenha. Ele que pense o que quiser. 'Respeitar a opinião alheia' significa então desprezá-la. O brasileiro é hoje um dos povos mais confusos do planeta"

Sim, eu citei Olavo. Chore.

Insight #8

O esquerdismo é um monumento ao pós-modernismo, e este, por sua vez, à irracionalidade.

O homem pós-moderno odeia a razão e, em detrimento dela, emprega seus sentimentos.

Em uma rua por onde sempre passo há uma pichação com os seguintes dizeres:

"O ser humano não é mal, ele só está perdido. Mais amor, por favor!".

Esta frase, à luz do sistema de pensamento cristão e à luz do conservadorismo, é ridícula. Sim, o ser humano é mal. E não deixa de estar perdido. Mas o "... Mais amor, por favor!" é emblemático.

O tema do amor aparece em todos os cantos no paraíso esquerdista. Aparece desde o sinal com os dedos em forma de coração até uma mulher clamando por amor e tolerância enquanto fica de quatro e insere um crucifixo no ânus, em frente a uma paróquia cristã, para fazer frente ao cristianismo que, segundo ela, carece de tolerância.

A esquerda não é amável? Che Guevara que o diga.

Mas sabe o que nunca aparece no vocabulário de esquerda? O conceito de "VERDADE". Sabe o por quê? Porque se existir uma verdade, ela pode ser contrária aos interesses, ideias e práticas do esquerdista (como de fato é!). E sendo contrária, ela "oprime" aqueles com os quais entra em confronto.

O cristianismo é bastante opressor, pois ele afirma valores absolutos. O cristianismo não é interessante para a esquerda, nem para o homem pós-moderno.

A esquerda só não sabe que sem a VERDADE, sequer podemos definir AMOR. Uma palavra precisa ser definida. Precisamos saber o que significa "amor". E quando nos perguntamos sobre o significado de "amor", pressupomos uma verdade pela qual imprimimos o conteúdo em seu signo.

Se você chegou à conclusão de que coerência, honestidade, altruísmo, verdade e caridade NÃO são predicados do esquerdismo, então você chegou à conclusão correta.

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